Liberdade: até onde?
Até onde a Humanidade dita. Até onde os nossos direitos imperam e os nossos deveres interrompem. Há um limite. Uma linha ténue que atravessa aquilo que a liberdade nos traz. Aquilo que podemos fazer, do que não podemos, ou simplesmente, daquilo que não devemos. A nossa liberdade tem fim onde se inicia a do próximo. Onde a vida, os direitos e o poder do outro têm começo. Que mundo seria este se todos transpuséssemos esta linha tão ínfima? Se nos prestássemos a levar avante todas e qualquer vontade que cogitasse no nosso âmago, não ligando aos demais, às suas vidas? Que consequências daí iriam advir? Já alguém se terá perguntado acerca disso?
O ser humano é imperfeito, cruel, estúpido e vil. É uma certeza que cresce em mim diariamente. Mas ainda assim.. O ser humano não se pode comportar como bem entende, rompendo as regras, desafiando as leis, testando os demais. Há que saber construir uma sociedade livre mas regrada. É algo necessário para que possamos fazer a diferença entre a selva e a civilização. Por vezes, a própria comunidade nos põe um travão, impedindo-nos de prosseguir os nossos atos, de perseguir os nossos sonhos. Mas será isso saudável para a Humanidade? Não concordo. Qualquer pessoa que seja privada pela sociedade de exibir orientação sexual, religião, etnia ou até mesmo um mero capricho de adolescente, assim que apanha uma pequena oportunidade, dá azo à libertinagem, no seu contexto mais real, ultrapassando limites perigosos, derrubando barreiras vitais.
É importante que haja um certo grau de liberdade hoje em dia. Um certo espaço de manobra, principalmente na comunidade jovem, para que desde cedo se possa aprender a não passar dos limites.
Mas fazemos parte de uma sociedade hipócrita, vingativa, exorbitante, extravagante, onde todos se procuram exibir, onde todos procuram usufruir de uma maior liberdade, nem que isso implique quebrar a linha ténue que nos separa do próximo, que separa o que devemos ou não fazer. Mentes consumidas pela necessidade de consumo, gastas com a pressão da diferença.
Até onde poderá navegar a nossa liberdade? Até onde as regras ditarem e os limites cessarem. Até onde o próximo pode usufruir de algo que é de todos. A liberdade.
Agir? Claro. Mas com contenção. Com pureza. Segundo os nossos direitos, com firme pé nos nossos deveres. Sem nunca atrapalhar os restantes habitantes deste Universo.
Bree Emma Sommers,
mais uma quinta :)
Palavras sensatas e sábias, gostei muito do tema.
ResponderEliminarAinda alguns dias atrás, escrevi sobre o mesmo assunto em um guest post e estou criando a continuação. Permitirias que eu utilize algumas frases do seu post nele? Claro que irei linkar e referenciar.
Oi, linkei o post direitinho, e já está postado lá, se quiseres dar uma conferida:
ResponderEliminarhttp://reflexaogeral.blogspot.com.br/2012/05/guest-post-liberdade-nome-feminino-pt-2.html