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dezembro 17, 2011

E se pudéssemos domar o indomável?


Peço desculpa pelo meu atraso mas ontem foi me impossível vir aqui. Na quinta à noite, numa mas minhas muitas insónias estava a ver uma série na Rtp2 e quando acabou começou a dar um documentário sobre Gatos e não me refiro só a gatos de estimação. O documentário baseou-se em como somos tão insatisfeitos com o que a natureza nos dá que tentamos a todo o custo adaptá-lo ao nosso estilo de vida. Vou começar por contar que nesse documentário, mostraram uma imensa variedade de gatos, com pêlo comprido, curto, pata curta, longa e até mesmo sem pêlo. O Homem, há muito tempo, apenas descobriu o gato como caçador de roedores e uma companhia enquanto que usavam o cão como animal para as suas tarefas diárias como caçador. Além disto, mostraram um, vejam só, circo de gatos! Então, o gato que é tão famoso pela sua individualidade e independência, estava a fazer truques para um audiência mas com a diferença de que se não quisessem fazer o show a dona não os obrigava. Ou seja, eles até gostavam de praticar aqueles truques e em troca receberem a recompensa certa em vez de, como o cão, ser uma coisa qualquer. De facto, não deixam de ser donos do seu nariz. Antes de avançar e mostrar as mudanças genéticas que o Humano fez em seus animais de estimação, vou contar a história de uma pantera. Compraram-na quando pequena muito fofinha e querida mas quando começou a roer sofás, tapetes, destruir basicamente a casa ... a dona fechou-a num armário!! Que raio de pessoa faz isto? Agora está num abrigo para animais selvagens mas viveu muito tempo num armário o que é realmente extraordinário como conseguiu sobreviver. Também me lembro da história de um leão que também comprado em pequeno, mas quando se tornou incomodativo foi colocado na cave. As pessoas tentam domar o que é indomável! O típico animal de estimação não lhes chega, têm que ser excêntricos e com isso, esses animais selvagens nunca mais voltam à natureza!
Como sabem, as pessoas vão de férias e então alguns abandonam os animais como o gato. Então mostraram nos uma casa de luxo, mesmo de luxo para gatos mas isso era mesmo o melhor! Recebiam carinho!! O pior que vi ali foi o facto de cortarem o pêlo a um gato porque a dona não aguenta o pêlo dele! Fizeram um corte à leão. Apenas deixaram uma juba e um pouco de pêlo na ponta do rabo. Se não aguenta o pêlo do gato? Para quê ter gatos?!
Há pessoas que mandam cortar as unhas, mas totalmente, aos gatos!!! E numa tentativa de evitar isso, criaram umas unhas que protegem as unhas afiadas e também os sofás dos donos! Se não conseguem lidar com as unhas do gato, para quê tê-lo? Se vão fazê-lo sofrer ao cortarem-lhe as unhas! Faz parte do que é ser um gato. As pessoas em vez de acomodarem-se aos animais obrigam os animais acomodarem-se a eles e isso por vezes, verifica-se catastrófico! Eu tenho dois gatos em casa! Para evitar que estes destruam os sofás de couro simplesmente aplicámos umas capas e desde que começamos a repreendê-los e a facultar-lhes umas travessas de cortiça para afiarem as unhas que nunca mais tocaram nos sofás! É, realmente chato, o pêlo do gato, enche a nossa roupa e sofás, tudo onde se deite, deixa pêlos. Apenas, temos que ter cuidados redobrados, onde deixamos a roupa , por exemplo mas não é por estas razões que vou pedir para lhe cortarem o pêlo. Ficam lindos assim! E eu gosto deles como eles são e não como eu gostaria que fossem, estaria apenas a ceder a caprichos egocêntricos e complemente sem sentido algum!
No fim do documentário, apresentaram uma Senhora que fazia cruzamento de espécies e com isso, obteve gatos sem pêlo, gatos com pata curta e gatos com um síndrome em que têm a cara achatada e as orelhas pequeníssimas e fazem me lembrar um desenho animado. Lembro-me de a entrevistadora ter perguntado: "Não acha que esta a armar-se em Deus?" e ao que esta respondeu 'Se achasse que estava a fazer algo de errado não o faria! Os gatos são saudáveis e felizes. Apenas, como por exemplo de um gato de pata curta que em vez de saltar mais alto que o outro com patas longas, salta menos mas não deixa de saltar! E pode-se dizer que há gatos para todos' e acabou assim o documentário. E eu não sei se consigo concordar com isto. E vós, regulares leitores do The Renegades que tendes a dizer sobre isto? Concordam?
da renegada das sextas, Cassandra

5 comentários:

  1. Falo por mim. Eu não tenho gatos. Não por não gostar deles mas por o meu pai não os aceitar cá em casa, no entanto acho cruel o que muitas pessoas lhes fazem. Desde o simples facto de os privarem de fazer o que mais gostam - arranhar sofás, receber carinho, saírem quando querem, serem livres como qualquer gato dono do seu nariz- a deixarem-nos ao abandono, sem comida ou afeto, a fazerem os impossíveis para tornar este ser tão independente no que acham perfeito . Cortar as unhas aos gatos? O pelo? São seres vivos, que até há muitos anos eram até venerados pelo povo do Egipto, bajulados e admirados! E em que os tornamos nós? Em servos nossos que apenas nos fazem companhia quando a solidão nos assola!
    Ótimo texto , Cassandra ;) beijinho *-*

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  2. Oie Cassandra
    agora até me senti mal por não me deixar minha gata sair de casa. Claro que há motivos: meus cachorros e principalmente a violência (ou seja, meu vizinho, o principal suspeito do desaparecimento do gato), além do gato da minha tia que foi sequestrado. Hoje em dia as pessoas fazem mal aos animais de crianças, de idosos, não tem respeito ao apego emocional.
    Exceto por isso e o ouro, minha gata tem as mesmas regalias de qualquer Deus do Egito.
    Os animais nos aceitam como somos, o ser humano deve aprender a se comportar dessa maneira. E entender que tem animas que a gente pode levar para casa, mas tem em uns que devem ser vistos só no zoo ou na TV mesmo, afinal é a vida deles.
    Defender os animais não é só colocar uma foto de um bichinho morrendo no facebook e pedir para os outros compartilharem. Compartilhar não é conscientizar. Defender os animais é ser honesto, amar, respeitar, ou até não criar por impulso se você não gosta de cuidar.

    Adorei o texto,
    kiss ♥

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  3. Muitos parabéns pelo texto! :O Está esplêndido! :D Sabes, eu também tenho um cão e ele tem o pêlo muito comprido e não é por isso que vou mandar cortar-lhe o pêlo. Não é por isso que o vou proibir de entrar em casa, afagar-lhe o pêlo... Sou alérgica a cães, gatos e tudo aquilo que possua pêlo mas é por isso que lhes vou cortar o pêlo? Obviamente que não! Eles não me pediram para o acolher! Eu acolhi de livre vontade e não era capaz de lhes fazer isso :) Como a minha prof. de ciências dizia, nós é que invadimos o espaço dos animais, portanto não temos qualquer supremacia perante eles. E acredito nisso e essa senhora respondeu muito bem! Gostei! um beijinho!

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  4. Eu concordo com todo o seu texto Cassandra, exceto em uma parte, tal como a Sixx (e espero que ela não mude de idéia a respeito do que está fazendo com sua gata) eu sou a favor de posse responsável. Ou seja, lugar de gato, cachorro ou qualquer animal de estimação é de sua responsabilidade e, soltá-lo pela rua, esta liberdade pode ter um preço muito alto. Corre-se o risco de perder seu animal por atropelamentos, crianças sem noção (o que mais existe) maltratá-los e pessoas que não gostam envenená-los.
    O grande problema são as pessoas confundirem proteção com adequação.
    Proteger seu animal das ruas é uma coisa, ridicularizá-los e transformá-los ao seu prazer é outra.
    Assisti um documentário parecido e, para ter um pedigree, a raça de cães mais afetada foi a Cavalier King Charles Spaniel, que sofre de terríveis confusões de tanta transformações que teve que passar para ser o que ele é hoje.
    Animal de estimação é muito bom, mas havemos de tê-los com responsabilidade.

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  5. Devo fazer uma correção, sobre a raça de cães, quis dizer "convulsões" e não "confusões".

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