Diversas vezes me deparo com indivíduos que à primeira vista são simpáticos e depois quando chegam outras pessoas passam a adquirir um tom arrogante na voz e a sua postura modifica. Tudo bem. Eu também não sou propriamente a mesma pessoa quando estou com os meus e familiares mas tudo tem uma explicação: a relação que mantenho com ambas estas realidades é bastante diferente. O que realmente me intriga é uma mudança completa e quase constante da personalidade de uma pessoa. Certo é que a sociedade exige demasiado de nós e as pessoas também, mais concretamente. Querem que sejamos de uma forma diferente, que tenhamos outros hábitos que não sejamos de uma maneira. Basicamente, querem moldar-nos como se fossemos algo maleável ou algo de barro quando nós somos de carne e osso mentalmente estruturados. Há certas coisas que não fazem parte de nós nem se encaixam na nossa personalidade. Porém, há quem exija que nós sejamos da forma que querem e nós envergamos a máscara só para agradar a essa pessoa.
Isto é correto? A máscara durará para sempre? Quando é que sabemos que a pessoa está a usar uma máscara?
Não, não é correto. Todos nós somos seres humanos únicos e irrepetíveis e por muito que sejamos semelhantes nas respostas a estímulos, temos nuances incontornáveis nos nossos comportamentos que nos distinguem. Normalmente, dizem que eu sou como o meu avô mas por muito que nos assemelhemos em personalidade, temos pontos de divergência que nos tornam diferenciados. Segundo esta linhagem de pensamento, por que temos de fingir uma pessoa que não somos? Agirmos como marionetas nas mãos dos outros? Nós não temos de ser assim. Há um ponto de equilíbrio para tudo.
A máscara não durará para sempre. O nosso psíquico não aguenta uma pessoa que não somos de forma permanente. Podemos fingir ser quem não somos durante imenso tempo mas haverá um dia em que tudo se vai desmoronar, nomeadamente a máscara.
É um tanto simples. Basta notar que ela age como uma marioneta, aceita ordens contraditórias e responde a tudo, mesmo que seja disparatado, com um sorriso na cara.
E nós precisamos de ser assim? Fingir que somos alguém que não somos só para agradar? Eu sempre fui partidária do "quem não gosta de mim, que se coloque na fila e que espere sentado para que eu mude.". Cada um é como é: menos simpático, mais insensível, risonho ou arrogante mas não temos de agradar a ninguém. Eu não gosto de muita gente mas "admiro-as" por não mudarem nem um pouco! Eu também não mudo só porque querem. Aliás, nem mexo um dedinho até porque acho que já tenho a minha personalidade bastante bem definida para a modificar! Portanto, não mudem só porque os outros querem. Vocês são especiais à vossa forma e se não são para a maioria, com certeza haverá alguém que gosta da vossa maneira de ser.
Be awesome and, overcoat, yourself! :)
Hayley Logan, a Renegada das Terças a armar-se em Psicóloga
ah conheço várias pessoas que usam máscaras, a maioria é assim. difícil ver alguém sincero hj em dia, mais ainda não desisti das pessoas. será uma honra ter você por lá, acredite ! confira novidades em www.spiderwebs.tk
ResponderEliminareu considero um pouco triste ser quem não somos porque considero ser extremamente difícil e não, de facto, não devemos desistir das pessoas! :) Obrigada pelo comentário!
EliminarOlá Hayley, finalmente retorno aqui. :)
ResponderEliminarAcredito que todos nós, em algumas situações, somos obrigados a colocar algumas máscaras por uma questão de aceitação, contanto, isto não pode virar algo constante. Eu penso que é praticamente impossível tentar ser o que não se é a maior parte do tempo. Pode-se conseguir por um período, porém, logo a máscara cai e você não suporta mais ser quem não é.
Máscaras há a cada virar de esquina, como uma praga que não passa de moda! E irrita ainda mais quando são pessoas que nos são próximas e quando mantemos uma boa relação com essas pessoas e de um momento para o outro vemos-los a comportarem-se como completos estranhos, apenas para agradarem a quem não merece sequer. Creio que já todos nos pusemos em situações menos naturais e envergamos uma máscara, por mais incorreto que isso fosse. Também faz parte, até porque no início das nossas vidas, ainda não tínhamos personalidade definida e é com bastante facilidade que uma criança se molda aos outros e se esquece de quem é, ou de quem se acha ser, e às vezes, por muito naturais que as crianças sejam, elas próprias envergam máscaras , apesar de mais simples.
ResponderEliminarMas tal como o Christian disse no comentário que fez, com o tempo a máscara cai e as pessoas assumem outra forma de vida. uma vida mais própria, porque cansa tentar ser quem não somos :)
Belo texto! Big kiss! *