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março 30, 2012

Escolhas (cliquem na imagem para lerem)


Estava eu a navegar pelo mural do meu facebook quando dei de caras com isto. Decerto muitos de vós já o leram, já encontraram esta imagem no 9GAG ou no tumblr, para quem o possuí. É verdade que os rapazes conseguem magoar-nos de uma maneira impossível de descrever mas também não é o fim do mundo! É um recomeço, é chorar o que se tem a chorar, esclarecer qualquer mal-entendido que haja com a pessoa em questão e seguir em frente! As raparigas que decidem tornar-se assim, vadias ... são as fracas de espiríto! Enredam pelo caminho mais fácil que é entrarem naquela depressão parva por causa de um amor perdido! 
Olhem lá para fora, há mais coisas a viver do que estarmos focadas numa relação! Há, o nosso futuro que deve ser a nossa principal preocupação nesta fase que estamos a atravessar! Uma rapariga que se torne vadia quando uma relação acabe mal ... normalmente, é para chamar a atenção, é para ser a rapariga que o rapaz que a largou quer. Supostamente, ele fartou-se da relação e procura a adrenalina da conquista, então larga a namorada porque já é uma conquista de longo prazo e já perdeu a sua piada, e parte à procura do que supostamente quer na noite! A rapariga apenas se transforma no que ele quer mas não é para ele, é para outros. Não sou rapariga de andar à caça e mesmo quando estava solteira não andava à procura do próximo namorado! Não consigo entender as raparigas que têm uma lista infindável de namorados e supostamente, amaram cada namorado mas trocaram-nos como se troca de camisola quando ela se suja. Além disto, não consigo entender o propósito da traição! Há pessoas que não conseguem simplesmente ser fiel ou nem sequer tentam ... Confesso que nunca traí mas já ajudei a trair e já fui traída! É da pior sensação que existe no mundo e ironicamente, a partir do momento em que fui traída estabeleci a mim mesma um limite e nunca mais ajudei a trair. Mas não é de mim que estamos aqui a falar ... é das relações e as consequências das mesmas. Voltando ao ponto de que as raparigas se transformam em vadias quando uma relação acaba mal ... é apenas uma maneira de chamar a atenção, como já referi - 'Ah sou vadia porque sofri muito numa relação e a partir de agora não quero mais uma relação séria ... só coisas de uma noite!' - Isto é completamente falta de carácter e amor-próprio! Façam como eu e muitas outras raparigas decentes: continuem a vossa vidinha, vejam filmes tristes como o Notebook e Para sempre, comam muita comida, chocolate, chorem quando têm a chorar, tentem regatear a relação se acharem necessário, escrevam, preocupem-se com os estudos, apanhem algumas bebedeiras! O tempo irá passar e quando encontrarem a pessoa que vos magoou vão conseguir sorrir e dizer 'Bom dia' e ele ficará boquiaberto a olhar para o quanto bem vocês estão! Não é errado fazer uma espécie de luto da relação ... errado é armarem-se em porcas, ficarem grávidas e pegarem Sida!! Só porque ficar em casa é tudo muito mainstream e old school! Hoje fico por aqui e espero que tenham percebido o meu ponto de vista.

P.s:Atenção, não estou a julgar e muito menos a ofender, este assunto é bastante delicado e se caso, ofenda alguém com este texto aconselho a que me deixem um comentário para que possa esclarecer-me, estou a escrever cegamente pois não sei de todos os casos de desgostos amorosos!

Cassandra, a renegada de Sexta-feira

Destino ou apenas escolhas?



Destino, ou apenas escolhas?
Não sou uma crente devota, nem tão pouco acho que o nosso destino já está traçado. É algo que nunca fez parte das minhas ideologias e acho que nunca fará. Se o nosso destino já estivesse traçado, porque raio teríamos nós tantas escolhas a fazer? Quero dizer... Todos os dias somos postos à prova, obrigados a fazer escolhas, optar por caminhos deixando outros para trás.. Se o nosso percurso estivesse já delineado, seria tudo isto necessário?
As oportunidades surgem e desaparecem com a mesma rapidez e facilidade, e apenas a nós cabe a decisão de as aproveitarmos ou não. Acredito que somos nós que traçamos o nosso destino, o nosso trilho. Nós e as nossas escolhas, as nossas decisões acima de tudo. Porque para tudo o que fazemos ou escolhemos, haverá sempre uma consequência e é delas que se faz o nosso destino. Consequências para os nossos atos.
Nunca acreditei que pudesse haver alguém superior a decidir para que lado havíamos de inclinar as nossas vidas. Afinal, ao Homem foi dado o privilégio de pensar, de raciocinar, de poder tomar as suas próprias decisões. De construir o seu próprio futuro com base nelas. Se um ser humano errar  numa escolha, no futuro terá sempre que lidar com as consequências do mesmo. Não porque assim já estava decidido, caso contrário, porque é que uns teriam as suas vidas afortunadas e os outros, vidas miseráveis? Não é Deus Todo o Poderoso apologista da igualdade entre os seres na Terra? Então porquê haver toda esta diferenciação?
Não me julguem mal. Sou católica. Acredito que há forças inexplicáveis e que depois da morte, quem sabe, haverá algo mais que a escuridão pura. Afinal, a nossa vida é tão curta e passa tão rápido, que chega a ser difícil crer que não possa existir nada mais para além dela. No entanto, nunca ponho de parte as minhas convicções científicas. Se é algo que está provado, algo para o qual existe uma explicação certa, que mais posso eu querer? Se há provas e evidências, testes e teses de laboratório, como posso eu duvidar? Mas as perguntas sobre o que é incerto permanecem. Não me abandonam. E aí entra a minha crença no Senhor. 
Mas ao contrário de muitos, não me convenço de tudo o que vem inserido na Bíblia, nem tão pouco aceito o monte de barbaridades que por vezes se ouvem. Para quê questionar algo que rapidamente podemos provar com a ciência?  
Acredito que Deus possa ter uma mão em tudo o que nos rodeia, mas se assim é, de facto, porque sofremos nós tanto às mãos uns dos outros? Por causa das nossas escolhas. Enquanto seres humanos, erramos e falhamos. Tomamos opções erradas, guiamos por caminhos impensáveis na obscuridade.  E assim fazemos o nosso destino.
Ninguém mais o faz, além de nós mesmos. Além do nosso consciente. 

Bree Emma Sommers, 
(peço desculpa pelo atraso)*

março 27, 2012

Sweet Child O'mine

Fico abismada com os miúdos de hoje em dia. Semanalmente convivo com miúdos com metade da minha idade e constato que eles não são crianças: não sei bem o que eles são mas não são crianças. Têm ideias quiméricas, são desprovidos de qualquer disciplina e responsabilidade e são mal-educados. Eu quando era criança não era pêra doce. Era pior que um rapaz mas sabia conter-me quando ia a algum lugar e quando estava prestes a fazer asneiras, bastava lançarem-me um olhar ameaçador para eu me retrair. Agora não. Uma pessoa lança o olhar pensando que será suficiente mas vê-se obrigada a berrar porque os miúdos não são nada educados e pensam que podem fazer o que querem e bem lhes apetece! Eu não sei, eu tenho dezassete anos e os pais têm mais dez anos que eu e eu é que pareço ser mãe dos miúdos e eles a rapariga com dezassete anos! Eu não peço para me contarem nada mas eles contam-me tudo em tom de desabafo e por norma é o seguinte: "Os meus pais foram à discoteca", "Deitei-me às sete da manhã" e coisas totalmente impensáveis para crianças de sete e oito anos! Que tipo de pais são estes que trocam os filhos por uma ida à discoteca? Já não lhes passou essa maluqueira? Eu que tenho esta idade denominada como idade da parvalheira abomino discotecas! O pior disto tudo é que depois não acompanham os filhos, não querem saber das classificações que têm, do desenvolvimento cognitivo deles e querem que os filhos sejam os melhores. Mais preocupante: ensinam os seus educandos a serem competitivos e a armarem-se em melhores como se isso fosse fazer deles alguém melhor! Que pais são estes? Não era suposto darem-lhes educação e zelar por eles ao invés de os deixarem ao Deus de Ará? Eu não sei mas eu não seria assim. Aliás, eu já cheguei a dizer muitas vezes cá em casa que se os meus primos falassem para mim como falam para os pais eles iriam estar sempre de castigo porque eu não suporto petulância. Não suporto nos meus primos quanto mais a miúdos que só vejo semanalmente? 
Atualmente acho que os pais só querem ter filhos por ser giro porque assim podem vesti-los como se fossem bonecos. Sinceramente, se o intuito é só esse por quê trazer uma criança que no futuro vai ser frustrada? Ou eu sou muito retrógrada ou então este mundo gira mesmo ao contrário. Eu sei que isto não se aplica a todos os pais e peço desculpa a quem não age assim perante os seus filhos mas em vez de estar sempre a protegê-los e a defendê-los que experimentem deixá-los descobrir as coisas por si próprios porque eu com oito ou nove anos tinha uma noção das coisas sem ninguém me dizer e não precisava propriamente que me defendessem como os pais agora fazem. Protegem-nos tanto em certas ocasiões e depois deixam-os por sua conta. Eu não percebo e ponto final! Eu se tivesse um filho iria tentar dar-lhe uma educação digna como eu tive. Iria ensiná-lo a ser uma pessoa moderada, sem grandes extremos, respeitar tudo e todos e a ser crítico sem ser maldoso. Iria ensiná-lo a escrever, ler-lhe todos os dias, ensiná-lo a tocar flauta e guitarra e iríamos fazer muitas experiências científicas para lhe mostrar como o mundo funciona. Não iria tratá-lo como se fosse um mero boneco animado como os pais de hoje em dia fazem. 
E é assim que eu penso e embora seja muito nova para pensar em tais coisas, irei ajudar a criar o meu afilhado desta forma porque tenho a certeza que assim ele será uma boa pessoa e não um pequeno Diabo como os miúdos que convivo.
Lamento que mais tarde estes mesmos pais venham a constatar que o excesso de mimo que lhes deram contribuiu para os seus filhos adorados se tornassem em verdadeiros diabinhos. Não obstante, só colherão aquilo que estão a semear. 
Hayley Logan

março 23, 2012

Último dia do pesadelo

   

  A mochila já me pesava nas costas assim como a desilusão me pesava no coração. Aquela rua estendia-se na minha frente, cada vez mais disforme. As pedras da calçada contavam a sua história melhor que ninguém. Desgastadas por mil e uma solas de sapatos, testemunhas de duas mil situações.
   Continuei a avançar pesadamente por entre aquelas casas que se prostravam a cada novo passo. Pelo canto do  olho consegui enxergar os transeuntes que fixavam os seus olhares em mim, à medida que eu avançava pela rua. Poucos sabiam  a minha história. Alguns nem o meu nome recordavam mais. Há muito que era apenas a rapariga lá da rua, aquela que o passado atraiçoara e de quem o melhor futuro escapara. Ninguém se importava de verdade e toda a compaixão era uma máscara reles para a pena recorrente.  Nada que o hábito já não atenuasse.  A cada dia que passava, aquele percurso parecia mais breve, mais curto.
   Consultei o relógio lilás que, no meu pulso, escondia as cicatrizes que não podia exibir. Faltavam uns míseros cinco minutos... Era apenas do que eu dispunha para chegar a casa, abrir a porta e deixar a rotina formar-se. Abrandei o passo. Já não faltava muito até ao meu jardim e qualquer segundo extra que pudesse aproveitar antes de pisar as escadas de casa, seria o melhor do meu dia.
   Dois minutos... Um minuto... Tinha de me apressar. Respirei fundo e arrepiei passo, atravessando aquele jardim decrépito e introduzindo a chave na fechadura. Tentei libertar a tenção dos ombros e abri a porta.
   Os gritos ecoavam, como sempre, pelas paredes sujas, fazendo a minha cabeça latejar. Aquilo, nem o hábito podia curar. Movi-me até à cozinha em passos leves, pousando a mochila pelo caminho.
   A visão já não me surpreendia, mas ainda assim, assustava-me cada vez mais. Aquele verme continuava a gritar com a minha mãe, enquanto esta chorava compulsivamente. Como se já nada mais a prendesse a este mundo e tudo o que a podia salvar, fossem as suas lágrimas.
   -Ah! Já chegaste! - Rosnou, olhando-me pelo canto do olho. Como era rotina, consultou o relógio de pulso rasca, movendo novamente o olhar até mim. - Mesmo a tempo! Andas-te a esticar, miúda! Um segundo mais tarde e dormias na rua!
   -Provavelmente seria melhor que dormir aqui. - Afirmei de dentes cerrados.
   -O que é que disseste, minha vadia? - Inquiriu avançando em passos incertos.
   A adrenalina correu-me as veias e o perigo enfrentou-me. Quantas mais vezes iria eu sucumbir à sua fúria? 
   -Disse que qualquer sitio é melhor que este aqui! - Repeti, aumentando a voz, deliberadamente.
   A sua figura cresceu diante de mim, poderosa, enquanto o rosto da minha mãe se deformava de agonia e medo. Sabia porque ela estava assim... Aliás, eu deveria estar do mesmo modo, no entanto, não estava. Por uma vez, a revolta havia superado o medo.
   -Minha filha da mãe! Deves-me tudo o que tens! De mim dependes e se não queres acabar mal, a mim deves respeito! - Cuspiu.
   -A ti, não te devo nada, seu canalha! - Recuei dois passos, embatendo com as costas na parede. O medo ainda lá estava, por mais que o quisesse reprimir. -Respeito? Nem a tua filha o teve por ti, porque havia eu de to dever?
   A sua mão levantou-se no ar, e num movimento rápido, atingiu a minha face com um estalido bem audível.  Outra chapada... Os meus dedos já não chegavam para contar as vezes em que aquelas mãos sujas me haviam atingido o rosto, deixando a sua marca na minha pele clara. Ainda recordava a dor de cada uma delas, ainda sentia o ardor do murro que levara dias antes. 
   Mas não me podia queixar.. A minha mãe sofria mais que eu, presa com aquele devasso dia após dia, a viver aquele inferno insuportável... Eu ainda ia à escola. Ainda saía de casa, mesmo que à hora certa tivesse de estar em casa. Ainda me podia refugiar na biblioteca e ler, escondida de olhares inquiridores, refugiada de comentários penosos. Porém, sempre que entrava em casa, o ambiente não mudava. Os gritos prosseguiam, os prantos não paravam e a dor podia sentir-se bem longe dali. 
   Todos os dias olhava para o rosto da minha mãe. Outrora fora belo e vivaz... Agora, apenas se assemelhava a uma couve-flor, sulcada de nódoas negras e hematomas. E todos os dias, eu escrevia para o meu pai. Para onde quer que ele estivesse, eu enviava cartas que por certo acabavam no lixo... Quer dizer.. No Céu não há correio , certo?
   Mas agora, tinha o ódio bem à minha frente, personificado na minha vida. Jasper. O demente com quem a minha mãe se casara. Bondoso, no início. Extravagante, com o passar do tempo. Odioso, no final.
   Outra chapada. O ardor já não marcava presença, mas o cheiro a álcool , vindo dele, inebriava-me. Enjoava-me.
   Não ia voltar a repetir o ato. Movi-me rapidamente em direção às escadas, e correndo o mais que me era permitido, fechei-me na casa de banho. Ouvia os seus gritos no andar debaixo, e mais tarde, também os gritos da minha mãe. Era ela que sofria agora. 
   E eu não aguentava mais. Pegando na lâmina da gilete, desferi um golpe no pulso. E a seguir outro. E mais um. O sangue escorria-me pelos braços , e a dor preenchia o vazio que me ocupava. As lágrimas escorriam-me pela face, mas o ritual já era meu conhecido. Desta vez, sabia o que tinha de fazer quando saísse daquele cubículo. 
   E assim, naquele dia, à noite, desci até à cozinha em silêncio. E empunhando uma faca, dirigi-me ao quarto que Jasper partilhava com a minha mãe. Pouco depois, um cadáver apresentava-se à minha frente, coberto de sangue, assim como as minhas mãos e rosto. E a minha mãe gritava. Gritava muito. Mas o pesadelo... esse tinha acabado .


Apesar de não ser dia de One- Shot, apeteceu-me deixar-vos aqui esta mini-história :) Espero que gostem. Peço desculpa pelo tamanho :p
Renegada às quintas,
Bree Emma Sommers#

março 20, 2012

Um Minuto

60, 59, 58, 57...
O relógio tiquetaqueia continuamente. Não dá tréguas nem pára quando quero e bem me apetece. Parece ter vontade própria o demoníaco objeto que tanta falta nos faz mas depois torna-se um verdadeiro incómodo fitá-lo e ver que já se passaram segundos da nossa vida. Ver que aquilo de há bocado foi há segundos e que não volta mais. Ver que a cada segundo a nossa pele se modifica e se encorrilha como uma camisa amarrotada no fundo da gaveta.
45,44, 43...
Não pára. É como as engrenagens das rodas de um comboio que segue o seu caminho por nenhures, algures pelo cerne da bruma que se forma num dia de Inverno. Faz-nos pensar que aquilo que para trás ficou é como uma namorada que ficou na estação e nós seguimos viagem no comboio infernal e decrépito. O tempo relembra-nos aquilo que deveríamos ter feito, nem que fosse um simples gesto, um adeus efémero ou uma simples palavra que ficou desdita ou camuflada por uma outra qualquer de sentido antagónico. Espeta-nos com a dor na mente de ter dito algo que não era o que sentíamos, que não era para se ter dito daquela forma atroz e hedionda.
32, 31, 30, 29...
Não, não tem sentido perguntar quanto tempo tem o tempo e quando ele volta atrás porque isso é uma questão infantil e eu não sou desses. Não quero explicações sobre o que é ou deixa de ser. Aceito-o e aceito a sua inexorabilidade embora me corroa o coração como ácido sulfúrico saber que em breve me vou arrepender e que vou querer que o tempo volte atrás de modo a que eu consiga corrigir os meus malditos erros. Retirar palavras do meu discurso e revezar algumas.
18, 17, 16, 15,14...
Talvez o tempo tenha explicação. Talvez seja aquilo a que as pessoas que não têm qualquer fundamento científico chamam de destino. Talvez seja mesmo esse agente espiritual que quer que eu não volte atrás. Que continue este caminho repleto de grilhões e me emaranhe de tal forma que tudo aquilo que construí se desmorone como um castelo a sofrer abrasão.
8,7, 6, 5...
Podem ser as minhas últimas palavras. O meu último suspiro. O meu último mover de mãos ou piscar de olhos. Talvez o comboio descarrile ou um meteoro o atinja e eu morra.Ou o bater de asas de uma borboleta faça abater sobre esta região um furacão e a carne do meu corpo se desprenda dos meus ossos aquando os bruscos movimentos circulares do mesmo. Talvez aquilo a que chamam destino exista mesmo.
4, 3,2...
Não, isso não irá acontecer.
1.
Hayley Logan, a Renegada que pede imensas desculpas por ontem não ter feito o one shot semanal mas fá-lo hoje! Um ótimo dia para todos!

março 14, 2012

Existem pessoas que não suportam a felicidade alheia.


Ultimamente a minha vida amorosa tomou um rumo diferente. Suponho que tenha encontrado a metade que faltava. Apesar de estar a manter isto entre família e pouco mais, há sempre quem nos queira mal. Como por exemplo, um amigo de longa data de família parece que tem ciúmes desta coisa (que ainda não é uma relação) que eu tenho. Então veio-me com coisas a dizer que eu estava muito feliz e muito iludida e que ainda ia acabar mal para os meus lados. Isto soou-me a ciúmes, mas ele disse que não, que só estava a olhar por mim. Pois bem, eu não preciso que  olhem por mim, nem pelos rumos que vou tomando na vida. Quando a vida nos dá limões, fazemos limonada, tão simples quanto isso. Não gosto de pessoas más que não suportam a felicidade alheia. Se não gostam mantêm isso para eles próprios e não com a pessoa em questão. Eu ando pouquíssima inspirada para escrever, seja onde for (até o pobre do meu blog está quase ao abandono) mas estou a descobrir que tenho uma vida... Por isso, meus queridos/as renegados/as, desejo-vos um bom resto de semana.

Um beijinho da vossa Renegada das Quartas-feiras.
RuthPacheco*

março 13, 2012

Educação

Às vezes as pessoas julgam as outras pelo facto de terem menos classificação que outro e apelidam-nas de "burras". O que eu acho disso? Uma tremenda falta de bom senso porque a vida não é só aquilo que demonstramos na escola. É também aquilo que nós enfrentamos e frequentemente me deparo com pessoas muito inteligentes que numa dada situação nem sequer reagem. Estacam. O cérebro parece que é abduzido e esperam que sejam as outras pessoas a fazer as coisas. Já me aconteceu mais que uma vez e eu questiono-me o porquê de darem só valor àquilo que as pessoas são na escola. Acho que é à custa disso que atualmente os nossos médicos, não todos, são como são. Até podem ser crânios, altamente inteligentes mas em questões práticas não reagem e são de uma frieza total. Para mim, ser inteligente não é ter nota máxima a tudo: é ser inteligente na vida. Lá por eu não ser grande coisa a matemática não quer dizer que não acerte algumas coisas ou que seja burra. Pessoalmente, tem muito mais valor eu saber certas coisas que não aprendo na escola, por exemplo. Odeio que me obriguem a saber algo porque eu gosto de saber por mim as coisas e lá por não ser excelente aluna, não quer dizer que não perceba nada ou vice versa. Há coisas que até pensamos que não percebemos mas no fundo percebemos e eu não sei até que ponto é justo sermos avaliados por um teste porque há sempre coisas que nos condicionam: nervosismo, falta de confiança, qualquer ruído... há sempre algo que nos atrapalha e muitas vezes não se faz algo em condições por não saber: é mais pelo nervosismo que por outra coisa qualquer. E, sim, eu estou danada porque aquilo que eu sabia melhor passou-me à frente dos olhos. Estou zangada comigo e não posso voltar atrás e ter a consideração do professor que eu sabia resolver mas naquele momento não me ocorreu!
É esta a nossa vida de estudantes... Injusta. 

Hayley Logan in a strange mood. 

março 12, 2012

De mão dada com um homem

Já beijei muitas raparigas mas nenhuma provocou as 'borboletas' que sinto quando tu me beijas. Já amei muitas raparigas ou achava que sim mas no fim, revelou-se tempo perdido ou na verdade, apenas mais um sinal para mim. Já estive muito tempo sozinho e senti-me bem até que passei a sentir-me só. Procurei contrariar a minha natureza mas nenhuma rapariga foi capaz de me prender. Até tu apareceres ... Parecia uma amizade normal .. trocávamos impressões sobre o mundo, economia, pessoas ... problemas familiares, saíamos à noite, bebíamos e divertimo-nos juntos! Juntos conquistamos muitas raparigas mas nunca éramos felizes! Tínhamos isso em comum.
Não era garanhão de feitio mas tentava sentir, pelas raparigas, aquilo que sentia quanto te observava. Não foste o primeiro a encher-me o olhos mas foste o primeiro que correspondeu ao meu amor. Não fugiste, entraste no mesmo barco que eu e agora quando o mundo se virou contra o nosso amor, pegaste nas tuas malas e zarpaste em busca de te esqueceres de mim. Não nos mostrávamos por aí ... Fomos e ainda somos, os típicos rapazes que nunca diriam que jogávamos para a mesma equipa. Sim, eu gosto de rapazes. Na verdade, eu gosto do amor e se encontro amor no mesmo sexo, porque ser julgado por isso? Fui feliz por uns tempos contigo, fomos felizes. Porque partiste? Estávamos a enfrentar o mundo juntos! Nada nos iria destruir,  nem olhares de reprovação ou comentários larilas ... pensava eu.. Tive esperanças disso mas foste fraco e preferiste a abdicar de amar para ser aceite na sociedade. Não sei onde estás mas tenho saudades tuas. Encontrei em ti aquilo que muitas raparigas esperavam que eu encontrasse nelas mas nenhuma foi capaz de me fazer sentir amado, desejado e feliz por inteiro!
Este email é para saberes a verdade sobre mim. Espero que o leias. Eu quero que voltes, não posso negar. Sinto que estás infeliz como eu .. espero que não te tenhas esquecido de mim.. Diz-me só onde estás e faço as malas, deixo tudo para trás e vou ter contigo! Não quero saber o que as pessoas pensam ou deixam de pensar, eu quero é ser feliz com o homem que eu amo! Mesmo que isso faça com que os meus pais deixem de me falar, as pessoas me olhem de lado só porque vou de mão dada com um homem ... Quem precisa de mudar é quem aponta o dedo. Os meus pais com o tempo vão apoiar-nos ... com o tempo, verão que nada poderão fazer para nos separar e além disso, verão o quanto eu sou feliz contigo, Peter.
Foram muitas as promessas ... prometeste estar a 100% por cento nisto e bem, saltaste do barco assim que o barco meteu água. Desiludiste-me mas continuo a amar-te. 
Cassandra em one-shot's
ps: Mais um one-shot e sinto que está fraquinho! O que o puxa é mesmo o tema abordado. Comentem e dêem-me as vossas opiniões, seguidores renegados

março 09, 2012

Dia da Mulher.


E quando parece que não temos um tema sólido para apresentar no nosso dia de postagem, abrimos as contas das redes sociais e de súbito, uma onda de informações, temas, opiniões e novidades tomam-nos de assalto. 
Como todos sabem, ou pelo menos, acho que é algo que todos deveriam saber, principalmente a comunidade feminina, hoje é o Dia Mundial da Mulher. No entanto, apesar de ser um dia dedicado à mulher, nem por isso o sexo masculino fica de fora neste dia. Pelo contrário! 
Sempre ouvi dizer que por detrás de um grande homem, existe sempre uma grande Mulher. Concordo. Desde há muito tempo que reclamamos a igualdade entre os sexos, no entanto, penso que não há dúvidas quanto à superioridade do nosso sexo!  Não pretendo minimizar nem rebaixar qualquer elemento masculino, atenção, mas defendo que por muito que valorizem os homens, poucos pensam naquilo que a própria mulher tem que enfrentar enquanto membro da classe feminina.
Palmas para nós, meninas! Somos ou não somos fantásticas? Enfrentamos o TPM cinco dias por mês, sofremos com cólicas, carregamos durante nove meses um novo ser no nosso útero, vivemos rodeadas de pressões, damos sempre o nosso melhor, choramos em silêncio e ainda assim conseguimos caminhar firmemente de saltos altos nos pés, sofremos por amor mas aprendemos a erguer-nos do chão cada dia mais fortes, cuidamos de nós, suportamos a imaturidade dos jovens e lidamos com a falta de perspicácia de muitos. Maquilhagem, roupa, rapazes, desilusões, stress, futilidades para a maioria, importante para nós.
Digam o que disserem, nós somos o sexo forte, nós somos importantes, e não precisamos que outros nos deem valor, porque nós... Nós já temos o nosso valor!
Não precisamos de um dia para ser nosso, no entanto, podemos aproveitar o que nos é concedido! 
E para vocês, comunidade masculina, tratem de saber dar valor, cuidem bem de nós, surpreendam-nos, esforcem-se.. Não apenas hoje, mas sempre, diariamente, pois num dia, nunca poderão cobrir o que se perde nos restantes. E acreditem, uma mulher, por vezes, só dá até um certo ponto.. E se não for retruibuída, ela não vai insistir demais, apenas vai... Ignorar.


*Sei que este dia merecia outras palavras, nós merecíamos  outro tipo de texto, e lamento, mas hoje não deu para mais! Ainda assim, Espero que tenham tido um ótimo dia!
Bree Emma Sommers*

março 06, 2012

Tinkebell - What is Cruel?

Notícia aqui
Eu não sou ninguém para julgar até porque nem sei o contexto social em que esta artista está inserida mas, alegadamente, esta senhora mutila animais para as suas criações artísticas. Segundo se consta, ela colocou hamsters em bolas e plástico transparentes e colocou-os a correr em torno de uma galeria, triturou pintainhos, esquartejou cães e gatos e, pelos vistos, matou o seu gato que estava doente, fazendo dele uma mala.
Pior disto tudo, é que esta artista holandesa diz que não tem qualquer arrependimento nas suas ações e que matar o seu gato foi um ato misericordioso. Eu questiono-me, isto é uma morte misericordiosa? Isto é justo?
Em primeiro lugar, fiquem sabendo que os únicos filmes onde eu quase choro é quando matam animais porque eu acho-os seres de uma complexidade equivalente aos humanos e, portanto, considero-os tão importantes quanto os humanos, ainda que pareça estranho. Se pensarmos bem, nós é que invadimos habitats, destruimo-los para nos auto-proporcionar uma vida digna e estável com as mínimas condições. e eles é que se tiveram de sujeitar à nossa presença. Para além do mais, ainda temos a coragem de tê-los como animais amestrados. Não condeno. Eu tenho dois cães que estão quase sempre presos mas gosto imenso deles e não ando à paulada neles nem a aproveitar-me do pêlo deles para fazer malas ou o que quer que seja! Trato-os com carinho e brinco com eles. Não os albergo só para dizer que tenho um cão. Gosto de os ver a ladrar quando chego de casa, a abanar a cauda quando querem carinho! São adoráveis e merecem o nosso carinho e respeito como qualquer outro ser humano ou ser vivo. 
Eu não suporto que tratem mal os animais. Uma vez vi um rapazito a dar um pontapé a um cão e ia andando com ele ao soco porque ainda teve o descaramento de me responder mal. Se estivessem no lugar de um pobre animal indefeso, queria ver o que faziam! Metiam o rabinho entre as pernas e esperavam que ninguém desse conta deles! Às vezes penso como seria justo que tal acontecesse. 
Portanto, eu indago-me se isto é arte. Se isto é ético ou moral. Provavelmente, ela não se deve ter cérebro suficiente para perceber que os animais têm estruturas celulares, terminações nervosas como nós, humanos, e que, portanto, sentem dor. Questiono-me se ela já teve um animal que a esperasse sempre que ela vinha da escola, que lhe lambia as mãos quando lhe afagava o pêlo ou dormitava nos seus pés enquanto lia. Questiono-me se alguma vez ela teve a sensação que um cão é um amigo. Eu sei que me foquei nos cães mas sei que com os outros animais é precisamente o mesmo, apenas quis dar este exemplo porque é algo que eu tenho contacto. 
Eu espero, muito seriamente, que ela seja acusada por isto porque é completamente cruel! Eu sempre fui daquela ideologia do "faz igual ou pior" e não seria nada injusto fazer o mesmo que ela faz a estes pobres animais! Estou revoltada com esta notícia e apetece-me espancar esta mulher!
Tenho dito. Isto não é arte! É uma mixórdia cruel de pessoas descerebradas!

Hayley Logan, a Renegada das Terças

março 05, 2012

Fim da linha.

   

   Apressei-me a entrar em casa fazendo a porta embater furiosamente, produzindo um ruído incomodativo. Peguei novamente na chave que pendia na minha mão esquerda e quase instintivamente, fi-la entrar na fechadura, rodando-a e certificando-me de que ninguém ali entraria. Só então o meu coração estabilizou e a minha respiração normalizou. Aos poucos fui desanuviando a minha mente enquanto encostava lentamente a cabeça e o corpo à porta, procurando descontrair. Não era de todo fácil.
   O meu corpo tornou a estremecer com a força das pancadas de que a porta era alvo. Alguém esmurrava agressiva e deliberadamente a porta na minha retaguarda. As lágrimas irromperam compulsivamente pelos meus olhos, deslizando amarguradamente pelo meu semblante pálido.
    -Sai daqui! Deixa-me em paz! - Gritei, expulsando uma boa parte da minha raiva através do grito produzido. As pancadas cessaram instantaneamente para, logo de seguida, retornarem mais vorazes e violentas.
   Fazia um mês que assim era, dia após dia. E nem mesmo quando me esforçava por estar acompanhada aquele pesadelo cessava. Por vezes eu própria me privava da companhia dos meus amigos, não fossem os meus erros virar problemas e consequências deles. O meu destino estava traçado; o deles não tinha de estar.
    -Abre a porcaria da porta ou juro que a deito abaixo e desta vez não tens escapatória possível! - Ameaçou a sua voz rouca e vingativa. - Sai daí, minha cabra! Sabes que não podes fugir eternamente, não sabes?
   Mais pancadas. Umas seguidas de outras cada vez mais fortes. A minha cabeça latejava pedindo auxilio e os meus joelhos tremiam peremptoriamente. Estava prestes a sucumbir, tinha essa certeza.
   Fazendo um novo esforço, ergui-me do chão frio e, cambaleante, dirigi-me à cozinha. Era a minha vez de ditar as regras daquele jogo macabro e desleal. 
   Era o fim da linha. Mais um dia bastaria para me enlouquecer, para me levar a cometer mais uma loucura. Revirando as gavetas desesperadamente, procurei algum objeto contundente. Uma simples tesoura chegaria, mas eu queria mais. Queria algo que me concedesse outra... segurança.
   Puxando lentamente as mangas da túnica que vestia para trás, enxerguei os meus braços repletos de marcas. Ainda lá residiam, relembrando-me de cada dia daquele pesadelo, como cicatrizes que ficam para a vida. 
   Afastando o meu cabelo negro do rosto, enverguei uma faca exacerbadamente grande. Como um punhal. Perigosa e desmedida, contundente e afiada. Era exatamente o que eu necessitava.
   Lentamente atravessei o corredor até ao hall de entrada. As pancadas prosseguiam, desta vez acompanhadas por impropérios e grunhidos.
    -Sai daqui! Sai daqui enquanto é tempo! - Vociferei, esforçando-me para que a minha voz não tremesse.
    -Isso é uma ameaça, querida?! - Inquiriu, ironicamente.
   Inundada por uma descarga de raiva levei a mão ao puxador e após rodar a chave na fechadura, abri a porta num ápice. Na minha mão direita ostentava a faca e no meu rosto habitava um sorriso enlouquecido e destorcido.
    -Tens mesmo de começar a levar-me a sério! - Afirmei perante a sua expressão horrorizada. O seu olhar vacilou e entreabrindo a boca, recuou um par de passos apressados e inseguros, incertos. 
    -Tu não vais fazer nada de que te possas vir a arrepender, Sarah... És demasiado fraca para isso! - Bingo! Exatamente aquilo de que eu estava à espera. O seu truque mais baixo e sujo em ação. Mesmo depois de tudo ele ainda achava que ao desvalorizar-me eu iria sucumbir às suas vontades. Já não resultava comigo. Não naquele momento.
   Avancei num passo incerto, aproximando-me dele.
   -Vá lá, querida, ambos sabemos que não és sequer capaz de me ferir! - Riu secamente, produzindo um esgar  presunçoso tão seu próprio que se tornara irritante. Tornei a avançar.
   A sua expressão oscilou entre o inseguro e o aterrorizado para, mais tarde, ser substituída por uma expressão que ostentava para além de horror : medo. 
    -És um fraco, John! Sempre foste... Não mudaste nem um bocadinho, nem nunca mudarás! - Afirmei certa das minhas palavras. Prossegui. - Sempre a bateres em mulheres! Em mim! És tão fraco que nem és capaz de enfrentar os teus problemas como um homem... És um traste, John! Não aguentaste, foi?
John não estava capaz sequer de pronunciar qualquer palavra. Seria exigir demais do seu reduzido cérebro que funcionasse. Emudecido, John só era capaz de revezar olhares entre a minha cara e a faca que eu empunhava. 
   -Não aguentaste não ter ninguém em quem descarregar ou a quem controlar depois de eu te deixar, não foi? E toda esta perseguição! Um mês, seu canalha! 
   Atabalhoadamente elevei o meu braço esquerdo até ao seu campo de visão.
    -Olha, vê! Consegues vê-las? As marcas que os teus pontapés e o teu cinto deixaram em mim! Passou um mês, John! Consegues ver? Elas não desaparecem... Ficarei para toda a vida com uma recordação nojenta da tua pessoa. Nunca conseguirei ser feliz novamente. Sinto nojo do meu corpo por ter sido tocada por ti, sabes o que isso é?
    «Um mês de felicidade foi o que me concedeste! E para quê? Para depois me entregares a uma prisão de dois anos de dor, sofrimento e lágrimas... Um mês de perseguição! Espero que o Inferno te consuma. - Proferi com escárnio.
   O pânico pintava o seu rosto salpicado pela barba mal cortada.
   Num ato rápido demais, como se o instinto se apoderasse de mim, desferi um golpe fatal no tórax de John. A faca penetrou-lhe na carne e num grito surdo o brilho do seu olhar desapareceu, e o seu corpo tombou lentamente no chão agora manchado de sangue. 
    -Encontramo-nos no Inferno, John. Isto ainda não acabou. - Lancei ao ar as palavras e, pegando firmemente na faca, espetei-a no meu peito. A dor preencheu-me e a minha visão turvou. Escuridão. Imenso. Inferno.

*Esta semana coube-me a mim o one-shot. Espero que gostem :) 
Bree Emma Sommers*

março 02, 2012

big shit.


Por vezes confiamos demais no incerto, arriscamo-nos demais no desconhecido, calcamos demais areias movediças e o resultado, normalmente, é sempre o mesmo: desilusão, tristeza.
Quando um determinado sentimento nos domina e nos leva a percorrer caminhos de risco, obrigando-nos a entrar numa aventura onde o final é desconhecido, por vezes cometemos erros que nos podem custar preços bastante elevados. Já vos aconteceu confiarem com todas as vossas forças numa pessoa, basearem todas as vossas esperanças em palavra proferidas e de um momento para o outro, ver essa pessoa deixar cair a máscara e sentir as palavras, juras, promessas a serem arrastadas pelo vento? Sentirem-se a fracassar diante da pessoa a quem mais se agarraram enquanto esta se ri na vossa cara, proclamando uma vitória presunçosa? 
De um momento para o outro é como se tudo deixasse de fazer sentido e nem a luz que outrora brilhava nos pode salvar do buraco negro em que nos recolhemos. Dói, corrói. Tortura e consome-nos. 
É como se estivéssemos a cair e nada nos pudesse amparar ou interromper a queda. É como não conseguir usufruir do oxigénio que nos rodeia tão subtilmente. É como querer ver e nos ser imposta uma barreira que o nosso olhar não consegue atravessar. Sentimo-nos inúteis, sem utilidade. Um fracasso autêntico. E permanecemos no chão a jazer, infelizes. 
O que fazer nestas alturas? Como combater este poder que se abate sobre nós? 
Partilhem comigo ;)

Bree Emma Sommers#
Renegada às quintas.